quinta-feira, 28 de julho de 2011


REVISTA HISTORIA AGORA
NUMERO 10,
VOLUME 02,
JULHO 2011

 A (re)Elaboração da morte na Umbanda:
Reflexões Psicanalíticas

Sidney N. de Oliveira (1)
Desirée V. Bianeck (2)

Pretende-se elaborar algumas reflexões sobre a morte, a partir de uma perspectiva cientifica, mas tomando como pano de fundo o simbólico, o imaginário e o religioso umbandista. Entende-se que mesmo nos dias atuais, falar sobre a morte, tanto no âmbito científico como religioso, denota uma óbvia complexidade, pois não existe a experiência da própria da morte para investigar. Fala-se sempre sobre a morte do outro. E, no âmbito da morte alheia, religião e ciência têm debatido diferentes concepções e reelaboram a sua maneira o fenômeno e seu impacto na subjetividade das pessoas. A premissa que se pretende problematizar neste trabalho é que na Umbanda há uma reelaboração da morte com a instituição de um sagrado emancipador e por meio de uma construção autônoma e dialética da subjetividade. Esse processo pode ser visto de modo mais efetivo na atual compreensão dos Exus e das Pombas-Giras. 
1 Pós-Doutor em Economia da Educação pela USP, Doutor em Psicologia Social pela USP, Professor Associado da UFPR. Contato:
sidney@ufpr.br
 
2 Mestranda em Filosofia da Psicanálise pela PUC-PR, Especialista em Psicologia Clínica pela PUC-PR, Psicóloga pela UFPR. Contato: desireebianeck@yahoo.com.br